quarta-feira, 9 de março de 2011

[2°] O amor pode dar ás pessoas o poder de despedaçar você.

Meu Deus, que dor de cabeça é essa ?
Abri os olhos, estava deitada em uma cama que nao era a minha, em um quarto que nao era o meu, o que eu fazia ali ? tentei me lembra, e foi como se eu tivesse batido a cabeça na parede a 60km por hora.. que dor.. nao, nao.. preciso sair daqui.. tentei me levantar, a dor era quase insuportavel.. quase, mais com muito esforço me sentei.. então derrepente um homen estava parado na minha frente, quem era ele ? não consigo me lembr-

As asas negras

Meu corpo no chão

O acidente

Um grito

Minha dor

Meu coração..

onde estava meu coração ? procurei por ele dentro de mim
tentei ouvir os batimentos.. mas cadê ?
olhei para cima, o tal anjo negro sorriu para mim enquanto eu literalmente queimava,
a dor era excruciante.. insuportavel..
Ele pôs a mão em minha testa e susurrou : -Nao tema.


Escuro.
De novo, Escuro.
Pelo menos ali não havia dor..
Como eu li em algum lugar uma vez..

Entre a dor e o nada, eu fico com a nada.


Então me deixei cair no que eu achei que seria a inconciencia..
mais depois de certo tempo percebi que não era, porque afinal de contas eu estava tendo pensamentos lucidos, entao definitivamente não estava dormindo ou desmaiada, ou sei lá o que.. eu conseguia pensar, não com muita clareza, mais conseguia.. e conseguia lembrar das piores coisas que me aconteceram, não que eu quisesse, eu eu não queria mesmo, mais as imagens vinham na minha cabeça, sei lá, como socos.. rapidos e quase letais, quase, quase, essa palavra ja esta me irritando, quase isso, quase aquilo, quase, quase.. para. tenho que pensar.. o que houve ? eu vi, vi ele destruir meu coração, e continuei ali parada ouvindo ele mentir para mim enquanto meus pedaços caiam, então corri.. corri.. então.. então o que ? argh, minha cabeça voltou a doer, mais preciso, preciso.. confusão, houve isso depois, confusão, gritos, meu grito.. dor
ele fez isso comigo, ainda era dificil acreditar, como a pessoa que você ama mata você ? mata o seu ser ? todas aquelas promessas.. o amor que ele jurou.. onde está o amor ? ele nunca exist-
senti minha respiração acelerar.. o amor dele nunca existiu.. NUNCA
cadê o ar ? não.. consigo.. respirar
força, força, força.. um respira , inspira.. dois, respira, inspira.. tres.. respira
me sinto mais calma, mais comprender que ele nunca me amou.. não dói. quê ?
éé.. não dói.. não sinto dor.. não sinto mais dor.. será que meu coração está tão quebrado que nem consegue doer mais.. ? que coisa estranha, mais não importa.. ele mentiu
nunca me amou.. então senti um sentimento diferente, não dor.. mais odio.

Então abri os olhos, e sabia o que queria..

Eu queria a dor dele.

Sua dor pelo meu Odio.. uma troca justa.

Então sorri enquanto sentia uma mão em meu ombro.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

[1°] promessa.

'

Eu não consguia lembrar de como se respirava.
era como se tivessem roubado o ar do mundo, meu coração batia num ritmo descontrolado, as batidas soavam tão fortes que pareciam explodir em meus ouvidos..
E ali estava eu, parada, vendo outra nos braços dele, enquanto ele era meu.
O que fazer ? o que posso fazer ?
Ele é meu, diz que é meu, sempre foi meu.. e no entanto, nesse exato momento, não são os meu labios que estão ali tocando os dele, as mãos deles não estão em mim agora..
aquelas mãos.. aqueles lábios.. então compreendi
ele não era mais meu..
não mais..
não depois de ter outra em seus braços..

Então, aconteceu o que eu nunca nem tinha imaginado..

Ele não era mais meu ?
Meu mundo caiu, então eu naõ era mais nada.
Pisquei sem enxergar, minha visão estava turva por causa das lagrimas.
Ele não ia para de beija-la nunca ? eu queria que ele visse o que fez comigo...
então, como se tivesse ouvido meu pensamento, ele olhou para o lado..
seus olhos imediatamente focados em mim, como se ele soubesse que eu estava ali parada o tempo todo.. ele a largou, eles estavam dentro do parque, eu parada na entrada, a distancia que nos separava devia ser menos que cinco metros, mas pra mim, parceia que ele estava andando em camera lenta, eu vi a expressao de confusao passar pelo rosto da garota, mas a expressao dele era indecifravel, era uma mascara.. fria, sem vida.

Definitivamente, aquele não era o meu garoto.
e isso doeu mais do que qualquer coisa.

então ele chegou até mim e pegou meu braço..
eu vi ele abrir a boca, tive a vaga noçao de que ele falava..
mais eu nao conseguia pensar.. estava me afogando..
em mim mesma.. na minha propia dor..

não.. agora não..

sacudi a cabeça e voltei ao presente..

-O que você ta fazendo aqui ? Carla ? carla , o que vc ta fazendo aqui ? Dizia ele.

Meu deus, a culpada agora era eu ?

- eu.. eu..

Eu não sabia o que dizer, essa era a verdade.

-Não é o que você ta pensando, não é nada demais, eu posso explicar

O QUE ? eu vi ele beijando outra e ele queria explicar ? ele queria mentir pra mim ? mais ?
a dor era insuportavel, obriguei meu corpo a respirar..

- Não... quero.. explicação.. vou.. hã.. embora. As palavras sairam como susurros, eu estava sem voz.

virei bruscamente, livrando meu braço da mão dele, as lagrimas desciam pelo meu rosto e eu não me lembrava de como faze-las parar.. então..

-Eu amo você. Gritou ele.

parei. meu corpo ficou rigido. olhei para trás e lagrimas manchavam o rosto dele..

as feridas recentes em meu peito arderam loucamente, porque apesar da dor, eu ainda o amava, e isso tambem doía, tudo doía, mais ao ouvir ele dizer aquilo, senti um alivio doentio, será que apesar de tudo, ele ainda me amava mesmo ? não.. impossivel. Eu devia ser masoquista.
Acorde, vc acaba de vê-lo com outra, ele não. ama. você.

Argh.. isso dói.

ainda estava olhando para o rosto dele.. chega..
preciso sair daqui..
então braços me envolveram, os braços dele, ele me abraçava por tras enquanto susurrava em meu ouvido que me amava, cada palavra saía como uma chicotada em meu peito, e cada uma daquelas palavras abriam feridas que sangravam e doíam..

eu estava queimando.

Me arranquei do abraço dele e corri para a rua..
Não olhei para os lados, mas escutei ele gritar..
então, tarde demais, quando virei a cabeça,
um onibus estava bem em cima de mim..

ouvi o barulho.. ouvi o grito dele.. ouvi o freio do onibus.. e senti a dor.




escuro.
Muito escuro.

Tentei abrir os olhos, eles pareciam colados, mas consegui..

ouço um barulho estranho, muitas pessoas estão me olhando, o que houve ?
não lembro.. levanto, então percebo que nimguem está olhando para mim, olho então para o chão, afin de ver o que chamava tanta atenção..

Meu coração parou.


Eu.
meu corpo estava no chão.

Mas..? como.. ?

Então me lembro, a memoria vem na força de um soco.
O beijo, o meu garoto, a traição, o desespero, as palavras, a dor, o nada.


Mas onde estava a dor ?
eu nao sentia nada...

ele estava ali, abraçado ao meu corpo, sujo de lagrimas e sangue.

pensei que ver isso fosse doer.

Mais eu ainda não sentia nada.. escutei meu nome.. vindo de.. onde ?
lenvanto meus olhos para procurar..

então eu o vi, parado na calçada, olhando na minha direção..
mas ninguem parecia me enxergar ali, então não tive certeza,
mais ele sorriu e abriu a boca, escutei meu nome novamente, mais ele estava longe, eu nao poderia ter ouvido, olhei para baixo confusa e ao olhar para cima de novo, ele estava a trinta centimetros de mim.
Dei um passo para trás, eu estava no vazio, mais senti medo..
ele sorriu, e seus olhos ardiam, eu podia ver as chamas.. nessa hora
grandes asas negras se abriram em torno dele, e se fecharam a minha volta.

e denovo..

eu estava no escuro.





sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O meu fim.

Na escuridão eu nasci
Contra a paz, a favor da guerra
Sem temor, querendo dor , querendo sangue
Querendo morte nessa terra.

Só me conforto no calor das sombras
Na escuridão, no ardor, coração sem honra
Meus sonhos são tristes, minhas lágrimas
Meu corpo, minha alma, sou fria.

Me aqueço ao pensar na morte
Sem vontade de viver, infeliz
Preparada para morrer.

Delicada e fragil
Fria e sensivel
Sombria e amavel
Mistica.

O amor não existe, para mim só a dor
Assim como um tormento
Que fere minha alma
Me machuca por dentro.

Odiar a luz do dia
Desejar sangue em uma noite sombria
Nada normal... Verdade ?
Não, ilusão infernal.

Sem forças para sorrir
Com a impressão de que a
qualquer hora vou partir
E é assim, morrendo aos poucos
Derrepente... Um sussurro rouco
E finalmente, O meu fim.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Falta de Luz.

Estava no escuro.

Esse blog não é tão novo assim, tenho ele há algum tempo.
Mas antes eu só escrevia pra mim.
Verdade que eu exclui varias postagens, mas fazer o que,
o que passou, passou.

Então, estou aqui tentando acender a luz da minha imaginação..
ou desafogar lembranças..
e voltar a escrever.

espero que eu consiga, porque ultimamente, ando no escuro.

e tambem espero, que alguem, se dê o trabalho de ler.

-*