Quando ela disse isso, eu achei que era brincadeira.
então levantei e disse: - Ah mãe para.
Ela me segurou, me olhou nos olhos e disse: -Não é brincadeira filha, seu pai morreu.
E nessa hora eu entendi, nessa hora eu percebi que o que ela dizia era verdade.
Nessa hora eu senti meu mundo desmoronar, nessa hora eu me senti fraca.
Apesar de nunca ter sido muito proxima do meu pai, eu me senti tão triste, tão enfraquecida.
Acho que a primeira coisa que eu pensei, foi em, porque o meu pai ? essa resposta foi obtida facilmente, quase sem pensar. e a resposta foi : Porque o meu pai era um policial ruim, porque o meu pai era um policial corrupto, porque o meu pai já havia matados muitos pais.
E mesmo sabendo de tudo isso, não me conformei, afinal, ele era o meu pai.
E eu o amava, eu o amava muito.
Quando ele morreu, a noticia sobre seu falecimento saiu em alguns jornais, não na primeira capa é claro, porque ele não era tão importante, não pra eles, porém, pra mim ele foi muito importante, ele é muito importante. Não me lembro direito o que saiu no jornal, a unica parte que lembro com clareza, como se tivesse acabado de ler é : Ele ainda foi levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Eu lembro que eu chorei umas 3 horas direto depois que li isto, derrepente é por isso que não esqueço.
O meu Pai foi assassinado no dia 5 de dezembro, com 5 tiros, 2 atingiram a cabeça dele, 1 atingiu o ombro, 1 atingiu o pulmão e o ultimo seu coração.
Bem, isso foi o que eu ouvi durante o enterro, que aconteceu no dia 6, o mesmo dia que minha mãe me contou de sua morte, a unica coisa que sei mesmo, são dos tiros na cabeça. o resto, pode ser tudo mentira, e se for, eu não me importo.
Eu naquele momento não estava nem aí para o que as pessoas estavam dizendo.
Tudo o que eu queria era o meu pai, vivo, e me abraçando e me dizendo que tudo ia ficar bem.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
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